sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pastores de Fantasia e Ovelhas de Fantasia

Pastores de Fantasia e Ovelhas de Fantasia

É claro demais: não havendo ovelhas, não há necessidade alguma nem de igrejas nem de pastores.

Tão claro quanto: não havendo alunos, não há necessidade nem de escolas, nem de professores; não havendo doentes, não há necessidade nem de hospitais, nem de médicos. Isto quer dizer que, havendo ovelhas, há necessidade de pastores.

Assim como há decepção mútua entre estudante e professor, há também decepção mútua entre ovelha e pastor. Os dois tem de saber que a decepção é de ambos os lados. Assim é mais fácil tratar do problema do relacionamento entre um e outro. É como se fosse um desconforto conjugal, que exige humildade e diálogo de ambos os cônjuges para recuperar a harmonia perdida.

O problema é antigo e preocupante. Há ovelhas que se queixam amargamente de seus pastores e há pastores que se queixam amargamente de suas ovelhas. Enquanto Deus se queixa de ambos ou, conforme o caso, só de um deles.

No livro do profeta Zacarias há uma palavra muito dura contra os pastores: “Ai do pastor imprestável, que abandona o rebanho” (Zc. 11:17).

Em outras versões, o “pastor imprestável” tem sido pitorescamente chamado de “pastor de nada”, “pastor de coisa nenhuma” e “pastor de fantasia”. Esse pastor é aquele que não se preocupa com as ovelhas. Não procura a que está desgarrada, nem cura as machucadas, nem alimenta as sadias, mas come a carne das ovelhas mais gordas (Zc. 11:16).

O quadro é patético. Serve para contrastar com o comportamento do Bom Pastor por excelência.

Se há “pastores de fantasia”, os tais pastores mercenários a quem Jesus se refere (Jo.10:12), pastores sem alma, sem dedicação, sem testemunho, sem autoridade, sem mensagem, há também ovelhas obstinadas, que tapam os ouvidos para não ouvir, como o próprio Zacarias
admite (Zc. 7:11).

Há muitos pastores não de fantasia que já não sabem o que fazer por essas ovelhas imprestáveis, essas ovelhas de fantasia. Um deles, o profeta Jeremias, queixou-se de que pregou em vão durante vinte e três anos, dia após dia (Jer. 23:3).

Outro, o apóstolo Paulo, queixou-se de que suas ovelhas de Corinto, nunca saíram da carnalidade para a espiritualidade, nem do leite para o alimento sólido, nem dos “ensinos elementares” para as “coisas difíceis de entender” (1 Cor. 3:1-3; Hb. 5:11-14).

Fonte: Revista Ultimato

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A BATALHA DO MAL CONTRA O BEM

A BATALHA DO MAL CONTRA O BEM

Atos 4:23-31

Conhecemos muito bem as competições existentes no mundo. A cada dia deparamos com esta guerra sem fim. Tanto nas lutas amistosas como naquelas de vida ou morte. Conhecemos de perto as competições em dezenas de modalidades esportivas, desde as mais simples até as mais violentas e até mesmo sangrentas, o vale tudo, não importam as circunstâncias. A principal regra é ganhar e nunca perder.

Até mesmo no mundo animal acontece esta peleja. Tanto animais, répteis e aves, mesmo entre os micróbios. Existe uma questão de luta pela sobrevivência: O mais forte se alimenta do mais fraco. Uns devorando aos outros. Assim é a regra da vida neste planeta, a lei da sobrevivência.

Os seres humanos, mesmo sendo racionais estão sempre atropelando uns aos outros, aquele que se acha o mais “esperto” vence, para isto não importa como.

O egoísmo, a ganância, a maldade e a brutalidade do homem chegaram até onde não podiam mais serem suportadas. Lemos em Gênesis 6:5-7, o seguinte: “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração.”

“Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos” ( Gálatas 5:14,15). O inimigo, Satanás, com o seu exército do mal aproveitam a fraqueza do homem caído e dominado pelo pecado para atacá-lo e mantê-lo afastado de Deus. Ele trabalha dia e noite para tentar impedir a pregação das boas novas ( Lucas 2:10,11), para que o homem não converta e seja salvo ( Marcos 4:14,15; Mateus 13:14,15).

O segredo da vitória esta descrito no texto de atos 4:23-31, quando o inimigo queria impedir a pregação do evangelho, a proclamação do nome de Jesus como o Salvador e o progresso do evangelho, a igreja inspirada pelo Espírito Santo reagiu, não com as armas carnais, mas “unânimes, levantaram a voz a Deus em oração” ( Atos 4:5,6,17,18,23,24,29-31).

I – SATANÁS LUTA COM MUITO ÓDIO

A luta do mal contra o bem vem desde o jardim do Éden, quando Satanás se aproximou da mulher e disse: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore” (Gênesis 3:1). Diante da resposta confusa da mulher, o inimigo continuou: “É certo que não morrereis” ( Gênesis 3:4). Nestas alturas da conversa, com toda sagacidade do inimigo, todo o seu engano e mentira a mulher cedeu à tentação, caindo ela e seu marido e com eles a humanidade toda (Gênesis 3:6,7,9-13; Romanos 5:12; João 8:44; Apocalipse 12:9;20:2,10)

Alguns pontos a serem considerados:

Primeiro. A queda de Lúcifer. Lúcifer quer dizer: Brilhante, portador da luz. A serpente, na forma que se apresentou à Eva não era um réptil rastejante. Esse foi o efeito da

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maldição (Gênesis 3:14). A criatura que Satanás usou era bonita e muito astuta, esperta (Gênesis 3:1).

Encontramos dois textos bíblicos que nos falam sobre a queda de Lúcifer:

a – Isaías 14:12-14. Estes versículos se referem a Satã em hebraico e Satanás em grego, que significa adversário. Ele é o príncipe do sistema mundo decaído ( João 12:31; 14:30; 16:11). Tudo começou quando ele disse: “Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus e exaltarei o meu trono” ( Isaias 14:13). Aqui nasceu o pecado.

b - Ezequiel 28:11-19. Nestes versículos, como também já vimos em Isaías, a linguagem vai além do príncipe de Tiro – cidade Fenícia – e aponta Satanás, o inspirador e governador invisível de toda aquela pompa e orgulho que, havia em Tiro. Aqui ele é descrito antes de sua queda. Era um príncipe cheio de toda grandeza, “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti” ( Ezequiel 28:13-15;). No entanto a Bíblia diz: “Contudo serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo” ( Isaias 14:15; Ezequiel 28:17).

Segundo. A sua luta para afastar o homem de Deus.

Satanás não ganha nada ao tentar impedir as pessoas de se aproximarem de Deus, pelo contrário, ele se embaraça cada vez mais. Ele começou logo cedo, com o primeiro casal que Deus havia criado. Usando as armas do engano que lhe são peculiares ele derrubou Adão e Eva. Com esta queda a morte entrou no mundo e alcançou a humanidade toda, que grande e terrível estrago ( Romanos 5:12). Assim, durante toda a história humana o inimigo tem oprimido o homem na luta do mal contra o bem, e só culminará no dia já determinado por Deus, “O diabo que é Satanás e significa acusador, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago do fogo e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 20:10).

II – A AÇÃO DO MAL CONTRA O BEM NA HITÓRIA HUMANA

“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como Leão que ruge procurando alguém para devorar” ( I Pedro 5:8).

O adversário que “anda em derredor”, assedia as pessoas procurando alcançar as suas vidas, assim como conseguiu conquistar Eva ( Gênesis 3:1,13). Depois que Eva caiu não foi difícil, a partir daí, conquistar outras prezas que, a partir de então já estavam feridas pelo pecado ( Salmo 51:5; Romanos 3:23).

Tentativas frustradas.

Primeira. A queda. Mesmo o inimigo tendo conseguido derrubar Adão e a raça humana, não conseguiu o que queria, pois, Deus no seu infinito amor proporcionou ao homem a oportunidade de voltar para Ele, receber Seu perdão e a vida eterna em Cristo (Gênesis 3:21; Isaias 61:10; João 3:10; 10:10; Apocalipse 7:13,14). Deus também, impediu o homem de comer do fruto da árvore da vida ( Gênesis 2:9;3:22). Se Adão e Eva tivessem dele comido, estariam vivos até hoje e todos nós não morreríamos nunca, sofreríamos eternamente neste corpo. As pessoas que aceitam Jesus como Salvador, irão, sim, comer deste fruto (Apocalipse 2:7; 22:2,14). (Gênesis 3:21; Isaias 61:10; João 3:10; 10:10; Apocalipse 7:13,14). Deus em Sua infinita sabedoria já havia previsto estes acontecimentos e, na Sua presciência preparado o caminho

da vitória ( Gálatas 4:4; I Pedro 1:18-21; Apocalipse 13:8). Na cruz Cristo triunfou sobre este intento do inimigo ( Colossenses 2:13,15; Hebreus 2:14; João 19:30).

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Segunda. A geração Cainita. A civilização que pereceu no juízo do dilúvio, foi Cainita em origem, caráter e destino (Gênesis 4:16,17). Muitas coisas materiais desta civilização estão mencionadas em Gênesis 4:16-22), que também excluiriam Deus de suas vidas, até mesmo as palavras atrevidas de Lameque ( Gênesis 4:23,24; Romanos 1:18-23).

Esta civilização se tornou esplêndida, mas o juízo divino é de acordo com o estado moral, não com o material. Esta tentativa do inimigo também foi frustrada ( Gênesis 6:1-7; Lucas 17:26-30; II Pedro 2:4-9; Judas 1:5-7, 10-16).

Terceira. Os filhos de Noé e a torre de babel. “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade, e uma torre cujo tope chegue até aos céus, e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra” ( Gênesis 11:4). Deus entra em juízo, na primeira tentativa do homem pecador de se estabelecer um Estado mundial em oposição ao Seu governo, Ele o feriu exatamente naquilo que o une, isto é a língua (Gênesis 11:5-9).

Ora, a ordem divina ao homem é: “Multiplica-vos, enchei a terra ( Gênesis 1:27). Satanás queria levar a humanidade até ao céu por conta própria e desviá-la do plano divino que é salvar o homem pelo sangue de Jesus ( I João 1:7). Como ele é mentiroso e enganador ( João 8:44; 14:6). Tijolos e argamassa seriam o caminho, coisa típica da religião sem Deus. Adão vem com vestimentas de folhas, Caim, com frutos e sementes e os descendentes de Noé com tijolos e argamassa ( Gênesis 3:7; 14:3; 11:3,4).

Quarta. Os impérios organizados. Satanás quer ser adorado e servido como se fosse Deus. Sabendo que não lhe resta mais nenhuma chance, após ter perdido seu estado original ( Ezequiel 28:15; II Pedro 2:4; Judas 1:6; Apocalipse 12:7-11; Isaias 14:12); ele quer ser adorado e servido a qualquer custo. Os grandes Impérios, seus reis e príncipes foram adorados e reverenciados como deuses. Em Roma os Imperadores se intitulavam divinos. As “estrelas” do mundo artístico são aplaudidas e idolatradas por seus seguidores. Assim o inimigo, como usou o corpo da serpente para enganar Eva, ele usa estas pessoas, para através delas se realizar. Não tendo ele corpo, quer encontrar um para si, enganando a si próprio, sabendo que pouco tempo lhe resta ( Apocalipse 12:12).

Com a sua ousadia maligna ele convidou o próprio Jesus para ajoelhar-se e adorá-lo ( Mateus 4:8,9).

III – SATANÁS SEMPRE LUTOU E CONTINUA LUTANDO PARA BARRAR O PROGRESSO DA OBRA DE DEUS

“Tem compaixão de Ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço , porque não cogitas das coisas de Deus e sim das dos homens”. O inimigo querendo impedir Jesus de ir para a cruz e a pregação do Evangelho encosta-se em Pedro e começa a cochichar em seus ouvidos ( Mateus 16:21-23; Atos 4:17,18,23,24,29-31).

No Velho Testamento:

a – No Egito. O povo de Deus foi escravizado e maltratado. Faraó, rei do Egito, lutou fortemente contra a ação de Deus tentado impedir a libertação do povo israelita, e irado com a insistência de Moisés, disse: “Retira-te de mim, e guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque no dia que vires o meu rosto, morrerás” (êxodo 10:28). Não conseguindo os seus intentos decide matar os israelitas (Êxodo 14:5-7,26-31). Satanás sabia que o descendente deste povo – Jesus Cristo – esmagaria a sua cabeça, por isso usou os egípcios para tentar impedir o cumprimento da Palavra de Deus ( Gênesis 3:15).

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b – A descendência de Abraão foi duramente perseguida, pois, dela nasceria Jesus, o Salvador, aquele que venceria o inimigo (Gênesis 12:3; II Samuel 7:12; I Crônicas 17:11; Gálatas 3:16,19; 4:4).) No deserto Israel teve que enfrentar várias nações, certificar no Salmo 136:10-26). Neste texto encontramos vários acontecimentos demonstrando a grande misericórdia e o cuidado de Deus provendo vitórias ao Seu povo.

Israel foi perseguido pelos Assírios, Sírios Caldeus, Medos e Persas e pelo Império Romano. Muitas vezes isto aconteceu por causa de seus próprios pecados, no entanto sabemos que, por detrás de tudo estava a mão suja do inimigo.

IV – A PERSEGUIÇÃO CONTINUA NO NOVO TESTAMENTO

Não há nas Escrituras qualquer dúvida sobre a severidade do conflito. Pedro salienta

a feroz oposição ao dizer que o diabo é como “leão que ruge procurando alguém para devorar” ( I Pedro 5:8). O apóstolo Paulo diz: “o próprio Satanás se transforma em anjo de lua” ( II Coríntios 11:14). Os crentes de Éfeso são exortados a se revestirem de “toda a armadura de Deus..”( Efésios 6:11), e existem referências ao “laço do diabo” ( Salmo 91:3; I Timóteo 3:7); II Timóteo 2:26). Estas passagens têm o efeito de frisar o fato de que o conflito é realmente sem trégua, mas a oposição firme sempre será bem sucedida. Pedro nos exorta a resistir “firmes na fé”; Tiago escreve: “resisti ao diabo e ele fugirá de vós”; Paulo nos adverte: “nem deis lugar ( isto é, oportunidade) ao diabo” ( I Pedro 5:9; Tiago 4:7; Efésios 4:27)

Primeira. A perseguição de Jesus. “Tendo eles partido, eis que aparece um anjo do Senhor a José em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” ( Mateus 2:13) Ler os versículos de 1-13.

Satanás agora quer eliminar de vez, o próprio Jesus. Ele quer usar o rei Herodes para matá-lo. Ele não desiste, veio pessoalmente tentar ao Senhor usando os mesmos argumentos que usou para derrubar Eva, o que com ela não foi difícil: A gula, os encantos que os olhos podem ver, a soberba da vida, o orgulho e as grandezas deste mundo.

O objetivo de Satanás na tripla tentação ( Mateus 4:1-11), foi no intuito de induzir Cristo a agir por si mesmo, independente do Pai. As duas primeiras tentações foi um desafio do deus deste mundo a Cristo para que provasse que realmente era o Filho de Deus (Mateus 4:3-6). A terceira era: - “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mateus 4:8,9). – uma oferta do príncipe usurpante deste mundo de se despojar daquilo que de direito pertencia a Cristo como o Filho do homem e Filho de Davi, sob a condição de aceitar o cetro dos princípios mundiais de Satanás. Ele mostrou aqui o atual sistema mundial, o sistema eticamente ruim do mundo, isto se refere à ordem ou ao arranjo sob o qual Satanás organizou o mundo da humanidade incrédula sobre os seus princípios cósmicos de força, ganância, egoísmo, ambição e falso prazer ( Mateus 4:8,9; João 12:31; 14:30; 18:36; Efésios2:2; 6:12; I João 2:15-17). Este sistema mundial é imponente e poderoso, sendo mantido com força Militar; visivelmente é religioso, científico, culto e elegante na aparência; mas embebido de rivalidades e ambições nacionais e comerciais, apenas se mantém em qualquer crise verdadeira pela força armada, e é dominado pelos princípios satânicos – comparar II Timóteo 3:1-5.

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Este é o mundo do qual a Bíblia diz: “Não ameis o mundo nem as cousas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” ( I João 2:15).

A perseguição de Jesus foi intensificada a cada passo nos evangelhos, culminando na cruz, onde Ele foi crucificado ( João 19:28-30).

Segunda. A perseguição da Igreja e de todos os Profetas. A Bíblia diz: “Naqueles dias levantou-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estevão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo, porém, assolava a Igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere” (Atos 8:1-3; João 15:20; Mateus 5:12; Atos 7:52; 22:4,5; Gálatas 1:13; I Tessalonicenses 2:13-16; II Tim

Terceira. Perseguição dos discípulos e apóstolos

“Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos Judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga” ( João (:22; Mateus10:23; 23:34; Atos 4:1-3; 5:17-20; 12:1-5; 13:5; 14:19; 16:22-24;21:27,30,31).

CONCLUSÃO: Jesus prometeu que não nos deixaria. Ele estará sempre com os Seus, não importam as circunstâncias, nem a perseguição que temos que enfrentar. “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século” ( Mateus 28:18-20).

A Igreja precisa ter seus olhos espirituais abertos para esta realidade, como a Igreja primitiva. Quando Pedro e João relataram aos irmãos, que, o inimigo queria amordaçar suas bocas e impedir que eles pregassem a mensagem de salvação em nome de Jesus Cristo, a atitude dela, imediatamente foi: “Unânimes levantaram a voz a Deus e disseram: Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a Tua Palavra” ( Atos 4:24,29).

Uma coisa é certa, o inimigo vai continuar a perseguir os que são de Deus, de um modo ou de outro. O soldado de Jesus Cristo tem de estar preparado para a guerra e a Palavra de Deus nos indica o caminho: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus,para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” ( Efésios 6:10-20). Sejamos firmes e constantes, em Cristo venceremos. “Graças a Deus que nos da a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” ( I Coríntios 15:57).

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

2011/2012

SÉRIE

VIDA NOVA

IGREJA BATISTA NACIONAL NOVA VIDA

Lição nº. 01

O NOVO NASCIMENTO

João 3:1-16.

INTRODUÇÃO: Com esta Lição estaremos iniciando uma série de estudos sobre a vida com Deus. Nada melhor pra se falar da vida do que começar com o nascimento. O nascimento é o início de todas as outras etapas que virão no futuro. O homem nasce, cresce se realiza e após vem a morte.

Nicodemos que era um farizeu, Mestre da Lei e membro do sinédrio (João 7:50-52; 3:1,10), procurou Jesus, indagando-O sobre Sua pessoa. Jesus vai direto ao assunto: “se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (João 3:3).

I – O QUE É NASCER DE NOVO?

Primeiro – Existem muitas falsas doutrinas que ensinam sobre a idéia da “reencarnação”. Uma das principais e bem conhecida é o espiritismo. A idéia se baseia no fato de que o homem é mau e pecador, ele precisa se redimir e para isto deve pagar pelos seus próprios atos. Aquele que nesta vida gozou de grandezas, riqueza e praticou o mal, após sua morte, em determinado tempo retornara (“reencarnando”), nascendo pobre e doente. Assim, sofrendo estará pagando pelos próprios pecados, se purificando e evoluindo gradativamente até se tornar um “espírito de luz” (II Coríntios 11:14).

Segundo – A doutrina bíblica é: “E assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto o juízo” (Hebreus 9:27). A morte física é uma conseqüência do pecado e a universalidade da morte prova a universalidade do pecado (Gênesis 2:17; Romanos 5:12; 6:23).

O ensinamento da Bíblia é enfático: “... aos homens está ordenado morrerem uma só vez”. Da morte não se volta (Jô 10:21; II Samuel 12:23; Lucas 16:30,31).

A doutrina da “reencarnação” é satânica. Sua inspiração vem do próprio Satanás. Se o homem mediante uma suposta reencarnação pode sofrer, pagar os próprios pecados e se purificar de seus erros, então eu quero saber: Qual foi a razão do sofrimento de Jesus na cruz? Ora, se o homem pode salvar-se a si mesmo através dos sofrimentos ou de justiça própria, então: “Segue-se que morreu Cristo em vão” (Gálatas 2:21).

Terceiro – O novo nascimento é a regeneração – Gerar de novo, restaurar, restabelecer o que estava destruído.

No pecado o homem morreu para Deus, isto é, houve uma separação. O homem ficou de costas para Deus. Este desligar-se de Deus é chamado de morte espiritual. O homem se tornou um ser carnal e morto espiritualmente (Romanos 3:23; Gênesis 2:17; Mateus 8:22; Efesios 2:1; Colossenses 2:13; I João 3:14 e Apocalipse 3:1).

II – “... IMPÓRTA-VOS NASCER DE NOVO”

Primeiro – A necessidade do novo nascimento brota da incapacidade do homem natural de ver ou entrar no Reino de Deus. Por mais dotado, moral, “bom” ou religiosamente que seja, o homem natural é absolutamente cego à verdade espiritual (I Corintios 2:14) e impotente para entrar no Reino de Deus, pois ele não consegue obedecer, entender e agradar a Deus (João 3:5,6; Salmo 51:5; Jeremias 17:9; Marcos 7:21-23; I Corintios 2:14; Romanos 8:7,8; Efesios 2:3).

Segundo – O novo nascimento não é uma reforma da velha natureza (Romanos 6:6; Efesio 4:22; Colossenses 3:8-11), mas um ato criativo do Espírito Santo ( João 3:5; 1:12,13; II Corintios 5:17; Efesios 2:10; 4:24).

Terceiro – A condição do novo nascimento é a fé em Cristo Jesus (João 3:14,15; Gálatas 3:24).

Através do novo nascimento o crente se torna um filho de Deus, membro de sua família (Romanos 8:14-17; Gálatas 4:1-7; 3:26; I João 3:1,2; Efésios 2:13-22; 3:14,15) e um participante da natureza divina, a vida do próprio Jesus (Gálatas 2:20; Efesios 2:10; 4:24; Colosenses 1:27; II Pedro 1:4; I João 5:10-12; II Corintios 1:3-7).

CONCLUSÃO: “O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de Eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (João 3:6,7). Estas são palavras do Senhor Jesus. Ele nos dá a esperança de vida eterna. “Ele vos deu vida, estando vós morto nos vossos delitos e pecados” (Efesios 2:1,4 e 5).

O novo nascimento nada mais é do que sair do estado de morte no pecado, renascendo espiritualmente para Deus. É receber a vida de Deus, que é a vida eterna. “Ele vos deu vida estando vos morto nos vossos pecados”.

“Porque a Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livr0u da Lei do pecado e da morte” (Romanos 8:2).

Lição nº 02

VIDA NOVA

“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas!” (I I Coríntios 5:17).

INTRODUÇAO; Quando se fala em novo, vem logo a idéia de beleza. Alguma coisa boa e bonita em contraste com o velho desgastado. A Palavra de Deus nos ensina que nEle, nos renovamos, deixando o passado de desgaste pelo pecado e recebendo vida nova com a beleza de Cristo estampada em nós Romanos 8:29).

O homem foi criado “à imagem de Deus” (Gênesis 1:26). Com o pecado ele perdeu esta glória. O desejo de Deus é que o homem se converta, seja salvo e que seja nele restaurada esta imagem gloriosa (II Pedro 3:9; I Timóteo 2:4; I Coríntios 15:48,49; II Coríntios 3:18; I João 3:2).

Esta “nova criatura”, que agora somos, foi “criada em Cristo Jesus para boas obras” (Efésios 2:10). Isto é, para manifestar a glória de Deus ao mundo.

I – COMO PEDEMOS NOS TORNAR EM NOVAS CRIATURAS?

Veja que Nicodemos em João 3:4, fez esta indagação: “... como pode um homem nascer, sendo velho? Pode porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?

Esta nova vida é o resultado de um milagre. Isto ocorre quando um pecador morto no pecado ouve a pregação do Evangelho (boa nova de salvação) e se converte. Ele nasce de novo. Seus pecados, que o separavam de Deus, são apagados. Ele recebe a vida de Deus em si, tornando assim, uma nova criatura (Marcos 16:15,16; João 5:24; Atos 3:19; I João 5:11,12; Romanos 6:22; Colossenses 3:10; Romanos 6:4).

II – TUDO SE TORNA NOVO

Este novo homem renascido foi criado em Cristo Jesus (Efésios 2:10).

Ele agora tem:

A – Uma vida nova (João 5:24;10:10; Gálatas 2:20; Efésios 2:1; I João 3:14; 5:11,12; Tito 1:2).

b – Nova família e novos irmãos ( Gálatas 6:10; Efésios 2:10; I Pedro 5:9; Atos 11:29;15:23; I Coríntios 1:10; Tiago 4:11).

c – Nova esperança (Colossenses 1:27; Salmo 39:7; Provérbios 14:32; Romanos 8:24; II Tessalonicenses 2:16; I Timóteo 4:10,11; Tito 3:3-7; I Pedro 1:3; Hebreus 10:23).

d – Nova aliança com Deus (Isaias 55:3; Lucas 22:20; Hebreus 12:22-24).

E – Novo Mandamento ( I João 2:8; João 13:34).

f – Novo céu ( II Pedro 3:13; Apocalipse 21:1-7).

CONCLUSÃO: “Tendo, pois, o amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus” ( II Coríntios 7:1).

Andando em um novo caminho (Hebreus 10:20). Não esquecendo que temos um novo nome (Apocalipse 2:17).

Confessando e confiando na esperança da vida eterna (Tito 1:2; I Timóteo 6:11-16).

Lição nº. 03

VIDA ASSUMIDA - Lucas 19:1-10 (8)

INTRODUÇÃO: Após nascer de novo e receber uma nova vida precisamos assumir esta nova identidade. Todo recém-nascido é registrado em cartório, assim, ele é reconhecido como um cidadão, tendo uma nacionalidade. Quando um pecador se converte ele nasce de novo, seus pecados são apagados. Seu nome é registraodo no “cartório” de Deus. Ele se torna um cidadão do céu (Filipenses 43; Apocalipse 3:5; 13:8;21:27).

Quem recebe esta nova vida precisa assumí-la, tomar posse e abraçá-la.

Assumir: Do Latim Assumire, que é: Tomar sobre si ou para si, assumir as responsabilidades dos seus atos; assumir a responsabilidade de ficar responsável por qualquer ato; pôr-se em pé.

I – UM ACONTECIMENTO NA VIDA DE ZAQUEU

Ora, como pecador, ele era um homem comum como qualquer outro. Vivia seu dia a dia. Como publicano (cobrador de impostos do Império Romano), era odiado por muitos, a população sofria com o peso dos impostos que lhe era imposto, tendo ou não como pagá-lo. Apesar da posição social, sucesso e riqueza Zaqueu era um homem frustrado e sem paz. Cansado da vida que levava, no pecado, ele se interessa por Cristo, e curiosamente deseja vê-Lo (Lucas 19:2,3). Esta sua atitude foi o passo mais importante de sua carreira. Mesmo havendo uma multidão de problemas que o impedia ele decidiu pagar qualquer preço, não importava as condições:

Primeiro – Correu e subiu numa árvore (19:4). Esta decisão não é a mais sábia e correta, para ele, porém, foi a melhor maneira encontrada.

Segundo – Na árvore não era o lugar certo, teve de descer e, descer depressa (19:5,6). A decisão correta é aquela indicada pela Palavra de Deus, quem indica o caminho é Jesus (João 14:6), Zaqueu queria ver quem era Jesus, procurando alcança-lo pela sua própria escolha. Jesus não aceitou: “Zaqueu desse depressa”. O homem não pode estar acima do Senhor, para receber Jesus, é preciso se humilhar aos seus pés.

II – ZAQUEU ASSUME DIANTE DE TODOS

Algo glorioso acontece na vida daquele homem, na família, naquele lar. Zaqueu assumiu a nova vida em Cristo. Ele se converteu, tomou a decisão de viver a verdadeira vida cristã.

Primeiro - Ele se levantou:

a- Ele falou com o Senhor (orou);

b - Resolve dar a metade dos bens aos pobres (verdadeira conversão e amor ao próximo)

c- Restitui (devolve) quatro vezes mais a quem roubou.

Segundo - Recebe o perdão, a salvação para ele e sua família, pois, para isto é que Jesus veio,

salvar os perdidos (19:8-10).

III – VIDA ASSUMIDA

Vida assumida é justamente o que aconteceu com Zaqueu. Ao encontrar-se com Jesus, ao recebê-lo em sua casa, sua vida foi completamente transformada.

Outros exemplos na Bíblia: Daniel e seus amigos. A Bíblia diz: “Resolveu Daniel firmemente não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se” (Daniel 1:8,11-20; 3:14-18,22-25). Levi (Mateus), o publicano (Lucas 5:27,28); outros discípulos (Mateus 4:18-22).

O Senhor Jesus nos chama com amor (Mateus 11:28-30; João 3:16; Romanos 5:8), porém nos ensina um caminho decisivo:

a – Assumir a posição de filhos de Deus (Filipenses 2:12-16);

b – Colocar o ombro debaixo da cruz, não se apartando dela por nenhum motivo (Mateus 16:24; 10:38);

c – Negar a própria vontade (Lucas 9:23-26; Mateus 16:24).

CONCLUSÃO: Assumir é, portanto tomar uma atitude responsável como servo de Deus, com a sua obra, com os irmãos e com a evangelização dos pecadores; sendo testemunha fiel de Cristo e não sendo motivo de escândalo e tropeço (Romanos 16:17; II Coríntios 6:3); Isaias 57:14; Romanos 14:13; I Coríntios 10:32). Andando como filhos da luz (Efésios 5:5-14; I João 1:7, Mateus 5:16).

Lição nº. 04

VIDA ABUNDANTE - João 10:8-11

INTRODUÇÃO: “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continue, progredindo (abundância) cada vez mais”(I Tessalonicenses 4:1). Escrevendo aos irmãos da igreja de Tessalônica, o apostolo Paulo os exorta a continuar progredindo no Senhor, continuar avantes, caminhando para frente cada vez mais.

Esta é a vida que a Bíblia nos apresenta. “Ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo (abundando) em ações de graça” (Colossenses 2:6,7).

I – VIDA ABUNDANTE

Encontramos na Bíblia cerca de 120 vezes o vocábulo abundante. Para esta finalidade é que Jesus veio. São palavras dele: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10).

O propósito de Cristo em contraste com o ladrão, que tira, é dar e dar com abundância. A frase relembra a superabundância da graça divina. O propósito de Cristo é de nos proporcionar em abundância tudo que enriquece a vida. Comparar o Salmo 23:1. “O Senhor é o meu Pastor: nada

me faltará”.

Abundância significa: Grande quantidade, fartura, quantidade, opulência, riqueza, abastança, excesso, copioso, farto, numeroso, rico, fértil, fecundo e produtivo. Tudo isto que Jesus nos fala está se referindo ao nosso crescimento e maturidade espiritual. Pedro exorta: “Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo” (II Pedro 3:18; Oséias diz: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Oséias 6:3). A vida abundante é uma vida de riqueza espiritual:

a – Jesus se fez pobre para que fôssemos ricos, espiritualmente falando (II Coríntios 8:9);

b – Ricos na esperança do poder do Espírito Santo (Romanos 15:13);

c – Ricos em fé (Tiago 2:5).

II – A VIDA ABUNDANTE TAMBÉM É....

A vida abundante que Jesus nos oferece é a vida cheia do Espírito Santo que Ele nos prometeu

para testemunharmos da Sua riqueza em glória (Atos 1:8; Romanos 9:22-24; II Coríntios4:7).

a – Abundar em graça (II Coríntios 4:15; Atos 4:32-34);

b – Abundar em amor (II Coríntios 8:7,8; I Tessalonicenses 3:11,12);

c – Abundar em dons espirituais (I Coríntios 14:1,12);

d – Abundar na esperânça (Romanos 15:13;12:12; Colossenses 1:27);

e – Abundar no Espírito Santo (Tito 3:5,6);

f – Abundar na obra do Senhor (I Coríntios 15:58; Mt13:12; 25:29; II Coríntios 9:7; Lc 21:4).

CONCLUSÃO: A Bíblia diz que Deus é o dono do ouro e da prata; é também dono do mundo e de tudo o que nele se contém (Ageu 2:8; Salmo 24:1). Diante da grandeza imensurável do nosso Deus, aprendamos ser abundantes no Seu Reino, na Sua obra, pois, Ele nos oferece esta vida abundante, por sermos nós a Sua “raça eleita, para proclamarmos ao mundo as Suas virtudes” (I Pedro 2:9).

Lição n° 05

VIDA DE PODER - Atos 1:8

INTRODUÇÃO; Conhecedor das fraquezas humanas o Senhor Jesus, que nos chamou para sermos Seus seguidores, Seus discípulos, nos prometeu não nos deixar só. Ele que conhece os caminhos espinhosos pelos quais o ser humano percorre desde os primórdios, pois a terra se tornou maldita (Gênesis 3:17-19), está ao nosso lado nos encorajando a prosseguir, sem desanimar (...E eis que estou convosco todos os dias...” Mateus 28:20). Podemos ver que há uma “santa preocução” de Deus para conosco, pois, Ele quer que saibamos que não estamos sozinhos em nossa jornada rumo à terra prometida. Ele com mão forte e poderosa é quem nos guia (Deuteronômio 7:8; Êxodo13:16; Salmo 136:11,12; Mateus 28:18-20; João 17:11).

I – DE VOLTA PARA O PAI

Quando Jesus orou ao Pai, em João capítulo 17, Ele disse: “...ao passo que Eu vou para junto de Ti. Pai santo, guarda-os em Teu nome, ...” (João 17:11). Jesus estava organizando preparando os Seus discípulos para continuar o Seu trabalho de levar o evangelho ao mundo. Como evangelizar é falar ao homem perdido a respeito do mundo celestial e do Reino de Deus, os discípulos precisavam do poder celestial.

Primeiro – Jesus deu um mandamento seguido de uma promessa “Ide e pregai... Eu estou

convosco” (Mateus 28:18-20).

Segundo - Jesus relembra Seus discípulos acerca de Suas palavras proferidas anteriormente: De Moisés, a lei e dos profetas. Esta era a missão deles e, para tanto, eles precisavam receber poder prometido (Lucas 24:44-49).

Terceiro - Ele ora intercedendo para que os discípulos fossem protegidos e com o poder do Espírito Santo vencessem (João 17:9,15; Atos 1:4,5,8).

II – PROMESSAS PARA UMA VIDA DE PODER

A única condição para o homem obter o verdadeiro poder é crendo e aceitando a Palavra de Deus. O Senhor Jesus foi enfático: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (Atos1:8).

Deus nos ensina o caminho e nos promete:

a – A Josué. Observa a minha Lei, faça o povo herdar a terra e ninguém poderá te resistir (Josué1:5-9)

b – Depois de experimentar muitas vezes o poder de Deus em sua vida, Davi exclama: “Pois quem é Deus senão o Senhor? E quem é rochedo senão o nosso Deus?” Salmo 18:31). Ler os versículos de 16-50.

Primeiro - Nas lutas travadas contra animais selvagens, e o Gigante Golias (I Samuel 17:34-37,46,47,49-51).

Segundo - No Vale escuro (Salmo 23:4);

c – “Eis ai vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões” (Lucas 10:19);

d – Poder para realizar grandes feitos (Marcos 16:16-18);

e – “Tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23).

CONCLUSÃO: Citamos aqui, apenas algumas das passagens bíblicas que nos falam do poder de Deus para as nossas vidas. O apóstolo Paulo em seus momentos de fraquezas ouviu do Senhor: “o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II Coríntios 12:7-10). O profeta Joel sabia que precisava ter fé em Deus para ser forte. “Diga o Fraco: Eu sou forte” (Joel 3:10). “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).

LIÇÃO N° 06

VIDA QUE PERSEVERA

INTRODUÇÃO:

“Despedida a sinagoga, muitos dos Judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus” (Atos 13:43). Este conselho é encontrado também em Tiago 5:11. “Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jô e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo”.

Em muitas passagens das escrituras podemos ver o exemplo daqueles que perseveraram diante do Senhor. Não é diferente na história da humanidade, milhares lutaram, muitas vezes com dificuldades quase sem esperanças, mas a perseverança os levaram ao “podium” da vitória. Temos vivido isto em nossas próprias vidas ao corrermos atrás dos objetivos que almejamos. Quando queremos alguma coisa lutamos por ela, isto é: perseveramos na esperança de encontrá-la.

Perseverar. Do Latim, Perseverare: Conservar-se firme e constante; persistir, prosseguir, continuar, continuar a ser ou ficar; manter-se, permanecer, conservar-se, a sua força ou ação, firmeza, etc.

I – A PERSEVERANÇA DE CALEBE

Um grande exemplo de perseverança foi Calebe. Calebe filho de Jefoné, um dos doze espias enviados para reconhecimento de Canaã, a terra prometida (Números 13:6).

Calebe foi um dos |Israelitas que saiu da terra do Egito, da escravidão para receber como herança a terra prometida. (Êxodo 3:7,8) “Terra boa que mana leite e mel”. De toda a multidão que saiu do Egito, apenas Josué e Calebe com suas famílias tiveram este privilégio. Eles perseveraram firmes em servir ao Senhor ( Josué 14:9).

II – CALEBE HOMEM DE FÉ E CORAGEM

Quando eles, os doze espias percorreram a terra de canaã, a maioria ficou amedrontada ao ver os Gigantes que ali habitavam. Esta é uma característica dos incrédulos e dos fracos na fé. Enquanto os que confiam no Senhor vêem a vitória os fracos vêem os Gigantes da derrota.

A Palavra de Deus nos fala da murmuração dos dez espias incrédulos e da fé e coragem de Calebe, mesmo correndo o risco de ser morto apedrejado pela multidão. Ora, os rebeldes incitaram o povo contra Moisés, Arão e Calebe. Eles não viram a grandeza da terra e seus gloriosos frutos.

Assim foi a jornada, como se lê em Números 13:21 – 29; 14:1-5,10. A ação de Calebe que levantando-se em nome do Senhor enfrentou os inimigos falando a verdade de Deus que havia feito a promessa. “Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar...” (Números 13:30; 14: 6-9).

III – É CHEGADA A HORA DE RECEBER A HERANÇA

Após quarenta e cinco anos perambulando pelo deserto, sem casa para morar nem conforto algum, em meio à constantes guerras, tanto contra as nações em volta e os inimigos internos – os rebeldes – Calebe se aproxima de Josué e lhe faz esta cobrança: “Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia, pois, naquele dia, ouviste que lá estavam os enaquins e grandes e fortes cidades; o Senhor porventura, será comigo, para os desapossar, como prometeu” (Josué 14:).

Quarenta e cinco anos são passados desde quando Moisés lhe fez a promessa (14:6;Números 14:24), agora com oitenta e cinco anos, após passar pelo deserto com todo sofrimento este homem não fraquejou mas permaneceu na esperança das promessas de Deus (Tito 1:1,2; Romanos 4:18-20; Josué 21:45).

CONCLUSÃO: Devemos seguir este exemplo de fé. A grande vitória aconteceu na vida de Calebe porque ele foi perseverante perante o Senhor. A Bíblia nos aconselha a sermos perseverantes nas promessas de Deus (Hebreus 10:23).

No capítulo quatorze de Josué foi relatado três vezes sobre a perseverança de Calebe.

1º- “eu, porém, perseverei em seguir o Senhor meu Deus” ( 14:8 );

2º- “pois perseveraste em seguir o Senhor meu Deus” (14:9);

3º- “visto que perseverara em seguir ao Senhor Deus de Israel” (14:14).

Temos em Calebe um grande exemplo de perseverança e um final glorioso. Vejamos o seu testemunho em Josué 14:10-12. Deus cumpriu a promessa.

Jesus disse: “Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo (Mateus 10:22).

Lição Nº. - 07

VIDA SANTIFICADA

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14).

INTRODUÇÃO: o apóstolo Pedro em sua primeira Epístola, citando a Lei (Levítico 11:44,45 e 19:1), ele escreve: “Pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos, porque Eu sou santo” ( I Pedro 1:15,16).

Provavelmente não existe religião que não faça distinção entre o santo e o profano, e na maioria delas, se não em todo o indivíduo religioso é aquele para quem alguma coisa é santa.

Encontramos cerca de 910 vezes, na Bíblia as expressões: santamente, santidade, santificação, santificar, santíssimo, santo e santuário. Todas elas se referem ao sagrado (santo).

As principais palavras bíblicas para santidade são: Qãdhosh e Qodhesh, hebraico (Velho Testamento) e Hagios, grego (Novo Testamento), e significam separação. São aplicadas à separação ou consagração de uma pessoa, coisa, objeto, lugar, etc. para o uso divino, dando a idéia de puro, separação e consagração a Deus.

Assim, quando falamos de vida santificada, ou santo estamos falando de pessoas ou objetos que foram separados para o serviço de Deus ou para adorar e servi-Lo (Salmo100:2; Atos13:1,2; Êxodo 29:8,9; II Crônicas 29:29-31; Atos 6:4;) Exemplo:

a) O altar (Êxodo 29:37);

b) O Tabernáculo e todos os objetos que nele se encontram (Levítico 8:1012);

c) O Templo (II Crônicas 2:4; 7:1-6). Tudo o que é dedicado a Deus é Santo.

I – SANTIFICAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO

No Velho Testamento, a santidade é atribuída a lugares, coisas, períodos de tempo e pessoas em virtude de sua conexão com a adoração a Deus, e igualmente ao lugar de adoração ou santuário, também as coisas que houver dentro do santuário empregadas na adoração ao Senhor. Pessoas, sacerdotes, levitas, etc., oficialmente ligados com adoração a Deus. Nessas instâncias, santidade significa uma relação que envolvia separação do uso comum e consagração ao uso sagrado.

a) A santificação é também o relacionamento de Deus como Senhor e Soberano absoluto. O povo é exortado a santificar-se ao Senhor dos Exércitos (Isaias 8:11-13; I Pedro 3:13-15; Romanos 6:8,19, e Deus diz que Ele santificar-se-á a Si mesmo, e será santificado neles ou por eles, isto é, seria reconhecido em Suas reivindicações soberanas. Sua sublimidade será reconhecida por meio da atitude e relações de Seu povo para com Ele.

b) Qualquer coisa ou pessoa santificada é reconhecida como separada tanto por Deus como pelo homem, por exemplo: 1 - O povo (Êxodo 19:14; Joel 2:16). 2- O altar (Êxodo 29:37). 3 – A tenda da congregação (Êxodo 29:44). 4 – Arão, seus filhos e suas vestes (Levítico 8:30). 5 – O Jejum (Joel 1:14). 6 – A casa (Levítico 27:14). 7 – O campo (Levítico 27:16,17). A congregação (Joel 2:16). 9 – Os sacerdotes (Êxodo 28:41).

c) A exortação de Deus que diz: “Sede santos, por que Eu sou santo” (Levítico 11:44,45), exigia uma resposta positiva, moral e espiritual da parte do povo. Uma posição de retidão, pureza e de ódio contra o mal, amorosa preocupação pelo bem-estar dos outros, em obediência à Sua vontade, pois o Santo de Israel estava ativamente atarefado visando o bem de Seu povo ( Êxodo 19:1-6; Salmo 105:1-11,36-45; I Pedro 2:9,10). Poderíamos ler vários outros textos na Bíblia que nos falam do zelo de Deus pelo Seu povo.

d) Os profetas mostraram-se alertas para com os perigos da mera santificação externa, e assim exortaram ao povo que reverenciasse ao Senhor; chegaram até ao ponto de desprezar várias observâncias “santas” externas quando as mesmas não eram acompanhadas pela santidade prática (Isaias 1:1-20; 8:13; 59:1-4; I Samuel 16:7; Malaquias 1:6-14; Marcos 7:1-9).

II - SANTIFICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO

“Serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso”. “Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Desus.” (II Coríntios 6:18;7:1) .

Temos o exemplo, Jesus. Ele santifica-se para a Sua obra sacrificial, o Pai o santifica, e Ele ordena aos seus discípulos que santifiquem e considerem com sagrada reverência devotando posição sem igual ao Pai (João 17:19-26; Mateus 6:9). Somos, assim, santificados pela Palavra de Deus e pelo sangue de Jesus (João 17:17; Hebreus 13:11,12; Apocalipse 22:14).

A epístola aos Hebreus forma uma ponte entre os significados externo e interno da santificação. Cristo, através de Seu sacrifício, santifica aos Seus irmãos não apenas no sentido em que são separados, mas também no sentido em que são equipados para a adoração e ao serviço de Deus. Isso Ele fez ao fazer propiciação pelos pecados do povo (Hebreus 2:16-18) e ao limpar suas consciência das obras mortas para servirem a Deus ( Hebreus 9:13,14).

Jesus, “com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hebreus 10:9-17).

Esta santificação, como já vimos desde o Velho testamento é um sinal, ou seja, a diferença entre os filhos de Deus e as criaturas ( Malaquias3:17,18). Por isso, de acordo com a aliança escolhida por Deus, é um povo santo. “Tu és povo santo ao Senhor teu Deus”. O Senhor teu Deus te escolheu para que lhe fosse o Seu povo próprio de todos os povos que há sobre a terra (Deuteronômio 7:6). Israel é um povo separado - separado para o Senhor – e por isso ele é santo, não por causa de qualquer virtude, mas simplesmente porque foi colocado à parte do restante do mundo. Mas Israel também é chamado para a santidade, para ser um povo consagrado: “Eu sou o Senhor vosso Deus: portanto vós vos consagrareis, e sereis santos, porque Eu sou santo ( Levítico 11:44).

Israel foi o povo santo do Velho Testamento. A Igreja vai alem. Ela é casa para habitação de Deus e, é a noiva de Jesus Cristo (I Pedro 2:5; Efésios 2:19-22; Apocalipse 21:1,2,9-27; Efésios 5:25-27).

O Novo Testamento fala do Deus santo, por tudo o que se diz por Sua graça, amor e santidade.

a) Pai santo (João 14:11).

b) Jesus Cristo, o santo de Deus (Marcos 1:24; João 6:69);

c) O Espírito Santo (Atos 1:5,8).

Em Israel a santidade (consagração) era demonstrada por meio de rituais e sinais externos e já não eram aceitos por Deus em conseqüência da rebeldia do Seu povo (Isaias 1:10-16; Joel 2:12,13). Quanto à Igreja a santidade vem de dentro, ela é formada no caráter do crente em Jesus Cristo, como está escrito: “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; e eis que se fizeram novas” ( II Coríntios 5:17).

O que se descreve em o Novo Testamento é a presença real e ativa do Espírito Santo, que agora atua no homem interior (Romanos 5:5; João 14:16,17; 16:13,14; Atos 1:8; Efésios 3:14-16). Agora a santidade do homem não é mais através de rituais e consagração do exterior, mediante coisas visíveis, como: rasgar as vestes, assentar-se ao chão, colocar terra na cabeça, usos e costumes e tantas outras coisas, mais (Isaias 58:5; Daniel 9:4; Levítico 5:15-18; Jô 2:11-13), mas ter uma consciência santa (II Coríntios 1:12; I Timóteo 1:5,19; 3:9; II Timóteo 1:3; Hebreus 9:’14). Esta nova consciência e descrita como “o ano aceitável do Senhor” (Isaias 61:1-3; Lucas 4:14-21).

O próprio Jesus como Filho de homem viveu uma vida de total santidade, retidão e pureza. Jesus “não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em Sua boca” (I Pedro 2:21-24). Como resultado da Sua obra de redenção, os que nEle crêem são declarados justos e entram na verdadeira justiça e santidade. Somos santificados mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo (Romanos 5:1; Hebreus 10:10).

Enquanto os homens criam as suas próprias doutrinas, tais como: Boas obras, usos e costumes, aparência de piedade e falsa humildade, práticas que não tem valor perante Deus (Mateus 15:7-9; Marcos 7:7-9; Colossenses 2:20-23; Mateus 6:2-4; Efésios 2:8,9).

A Bíblia nos ensina que a santidade verdadeira está no homem interior. “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus” (Salmo 1:1-3; Romanos 7:22; II Coríntios 4:16-18; Efésios 3:14-21; 4:22-24;). É, portanto a ação do Espírito de Deus em nosso próprio espírito que produz santidade não é deixarmos de praticar alguma coisa e praticar outras. Não é uma mudança exterior, uma aparência, e sim, uma vida que irradia Jesus, uma lâmpada a refletir a luz do Senhor (Mateus 5:16; João 8:12; Filipenses 2:15).

CONCLUSÃO: Diante de tantas falsas doutrinas a respeito da santificação, devemos nos apegar mais às verdades ouvidas, vindas da Palavra de Deus (Hebreus 2:1; Tito 1:9; Mateus 24:35).

A santificação é um processo que chamamos de crescimento espiritual (Oséias 6:3; I Coríntios 13:11; Efésios 4:15; II Pedro 3:18). “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna” (Romanos 6:22).

Lição nº. 8

VIDA NA GLÓRIA

Aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da sua glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da GLÓRIA”. (Colossenses 1:21)

INTRODUÇÃO: O Vocábulo Gloria, segundo o dicionário Aurélio significa: Fama adquirida por ações extraordinarias, feitos heróicos, grande serviços prestados à humanidade, às letras, às ciências; celebridade, renome, reputação, honra, orgulho, magnificências, brilho, esplendor, prestigio, alegria, superioridade, etc.

Na Bíblia encontramos a palavra Gloria cerca de 390 vezes. Tanto na língua hebraica como na língua grega é um termo que se refere à idéia de peso ou dignidade. É usada a respeito da reputação humana nas riquezas, esplendor, honra e gloria, porem o conceito mais importante é o da gloria de YAHWEH. Ela denota a revelação do ser, da natureza e da presença de Deus para a humanidade. Seu emprego principal é para descrever a revelação do caráter e da presença de Deus na pessoa e na obra de Jesus Cristo. Este é o resplendor da Glória Divina (Hebreus 1:1-3).

I – AGLÓRIA DE DEUS NO VELHO TESTAMENTO

A Gloria do Senhor, o resplendor, a presença de Deus, habitando entre seu povo, é usada pelos rabinos hebraicos em traduções do Velho Testamento, para indicar o próprio Deus em ação. Ainda que a expressão GLORIA DO SENHOR Seja nova (tradução mais recentes), o conceito se encontra em toda Bíblia. Ela acompanha a ação de Deus habitando em seu Santuário (Êxodo 25 :1-9); Entre o seu povo (Êxodo 29:45) e em toda Terra (Isaias 40:4,5; 60:1-3; Ezequiel 1:26-28). Essas e outras passagens cognatas usam a raiz do verbo hebraico shâkhan, habitar, de onde se deriva a palavra que na linguagem teológica (Shekinah) que significa a presença permanente de Deus.

Os termos no hebraico e grego podem ser aplicados à gloria de meros seres humanos (Jacó, Salomão, etc) Gênesis 31:1 e Mateus 6:29, mas percebe-se com clareza quando se refere a Deus. O trovão, o relâmpago, as nuvens e toda natureza podem ser concomitantes (simultaneamente) exemplos externos da glória de Deus (Êxodo 19:16; 24:15-18; Salmo 29:1-11; 97:1-6; 98:5-9). A gloria do Senhor tomou conta do tabernaculo (Êxodo 40:34-38), e aparecia no momento dos sacrifícios (Leviticos 9:6,23). Essas passagens parecem estar todas ligadas com uma Teofania (aparição de Deus aos homens) acompanhada por trovoadas, porém algumas passagens sugerem mais sobre o caráter de Deus (Números 14:20-22). Posteriormente o Templo veio a ser o lugar onde a glória do Senhor se tornou especialmente localizada (I Reis 8:10,11; II Cônicas 7:1-3; Isaias 6:1-3).

II – A GLÓRIA DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO

Já vimos em Hebreus 1:3, o resplendor da glória de Deus na pessoa e obra de Jesus Cristo. Esta glória foi contemplada pelos pastores por ocasião do nascimento de Jesus (Lucas 2:8-14) e pelos Seus discípulos durante o Seu ministério terreno (João 1:14; Hebreus 10:19,20).

Esta glória foi demonstrada particularmente em seus sinais (João 2:11), e por ocasião de Sua transfiguração ( Mateus 17:1-8). Isso lembra a subida de Moisés ao monte Sinai (Êxodo 24:15-17) e de Elias ao monte Horebe ( I Reis 19:8).

Agora, porém, Cristo tanto contemplava como refletia a glória divina; mas nenhum Tabernáculo precisava ser erigido, visto que a Palavra de Deus havia armado tenda na carne humana de Jesus (João 1:14; Hebreus 10:19,20), Sua glória será plenamente revelada por ocasião de Sua partida de Jerusalém ( Lucas 9:30,31) e finalmente, na parousia ( Sua volta para buscar a Igreja).

Temos então, três pontos sobre a manifestação de Sua glória.

Primeiro: Momento de preparação para morrer na cruz que é essencialmente a hora da glória (João 7:39; 12:23-28; 13:29-32; 17:5; Hebreus 2:9).

Segundo: Ressurreição. Na ressurreição temos a manifestação da glória de Deus em Jesus Cristo (Lucas 24:25,26; Atos 3:11-15; 7:54-56; Romanos 6:4; I Timóteo 3:16; I Pedro 1:21).

Terceiro: A Parousia. Porém, acima de tudo, tal glória será revelada em toda a sua plenitude por ocasião da parousia, ou aparecimento de Jesus Cristo, vindo em GLÓRIA (Mateus 16:27;19:28;24:30; Lucas 21:25-28).

III – O HOMEM E SUA PARTICIPAÇÃO NESTA GLÓRIA

O homem que foi criado conforme a imagem e semelhança (gloria) de Deus (Coríntios 11:7;Salmo 8:1-9), para manter comunhão com ele, caiu bem abaixo de seu destino ( Romanos 3:23), o qual foi cumprido somente por Jesus Cristo, o segundo Adão ( Romanos 5:12-21; I Coríntios 15:20,21,45-49; Hebreus 2:5-18).

O homem tem a responsabilidade de transmitir esta glória aos que ainda não conhecem a Jesus. A glória de Deus na face de Jesus Cristo, também deve ser vista e refletida pela Sua Igreja (II Coríntios 4:3-6; Filipenses 2:15). É a glória do novo pacto (II Coríntios 3:1-11), e é especialmente compartilhada tanto nesta existência como na existência vindoura, por aqueles que sofrem juntamente com Cristo (I Pedro 4:14; Romanos 8:18).

O objetivo da Igreja na terra é fazer o que está ao seu alcance para que o mundo reconheça a glória que pertence a Deus, a qual é vista em Seus feitos (obras) (Romanos 15:9-11; Atos 4:21); em Seus discípulos ( I Coríntios 6:20), e, acima de tudo, em Seu Filho Jesus, o Senhor da glória ( Romanos 16:25-27).

CONCLUSÃO: O apóstolo Paulo falando sobre a sublimidade do amor, nos alerta quanto ao crescimento espiritual dizendo: “Porque em parte conhecemos, quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.” (I Coríntios 13:9-12; II Coríntios 3:18).

Jesus veio ao mundo para salvar o homem, que havia pecado e perdido a imagem e glória de Deus e restaura-la (Salmo 14:7; 80:3; 126:1-3; Isaias 49:8-10; Jeremias 33:11; Lucas 2:10,11,28-32; 19:10; I Pedro 1:8-11; Romanos 5:1,2).

“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, por que todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e foram criadas.” “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” “Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da Sua glória; ao único Deus, nosso Salvador mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos, amem.” “E constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus e Pai, a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos, amem.” (Apocalipse 4:11; Romanos 8:18; Judas 1:24,25; Apocalipse 1:6).