segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Matematica do sabio

Sl 90.12. Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos corações sábios.

Pela dificuldade de se viver, o salmista diante do Senhor, se faz aluno para aplicar a velocidade certa com estabilidade, admitindo que na escola da vida há impotências. É um propósito de constante conversa com o Senhor e o coração. É por isso que quero ressaltar alguns conselhos práticos, e que estamos acostumados a ouvir, para relembrarmos e alinhavarmos, com laços, nossa relação à Deus.

- Os desastres ensinam mais que os êxitos. Eles nos impõem uma humildade necessária para redesenharmos nossas vidas e projetos com perseverança (Tg 1.12).

- A luta não pode ser o final da história, somente uma parte dela. Não se confine num momento de turbulência porque o sofrimento é passageiro. A reverberação que ele provoca não deve ser motivo para o ponto final, e sim, uma vírgula na sua história de vida (Fp 3.14).

- Valorize o tempo presente por mais simples que seja. Os saudosistas criam o melhor passado, os futuristas o melhor futuro. Conseqüentemente passam pela vida buscando-a por estarem presos a esses pólos, e nunca degustam a qualidade de vida do Senhor Jesus, que é presente e com contentamento (Fp 4.10-13).

- Não coloque expectativa em excesso sobre as pessoas, circunstâncias e objetos. Isso responsabilizaria essas vertentes à suprir toda lacuna da alma, que somente é preenchida pela ponte que consegue conectar-te à Deus, Jesus (Fp 4.7).

- Viver perguntado para a vida o que ela pode te oferecer é egocentrismo. Viver para Jesus é abnegação e altruísmo que anula toda visão de possessão, barganha e utilitarismo (Lc 10.27, 28)

- Não faça das memórias uma lata de lixo. Ou seja, não acumule mágoas, ressentimento ou vinganças. Porque isso te levaria a uma prisão espiritual e repressão existencial por sempre reagir com retraimentos defensivos em cada relacionamento (Mt 5.24-26).

- Quem gasta com o supérfluo, irá ter falta do essencial. Em plena era do consumismo patrocinado pelo capitalismo, cuja divindade mágica é o cartão de crédito. O dinheiro se tornou onipotente por resolver tudo, fazendo das pessoas meros objetos. Porque em seu discurso ele diz: cada um tem o seu preço. E também escraviza através do crédito fácil criando propagandas desnecessárias, exatamente para gerar dívidas avolumadas sem fim. O que comprometerá nas questões básicas (Mt 6.33).

- A semeadura é voluntária, mas a colheita é obrigatória. Muitas vezes semeamos a má semente por causa da compulsão, intuição, descontrole, preconceito, etc. Mas o que não consideramos é que tudo o que semearmos colheremos, quer queiramos ou não. Por isso tome mais cuidado para não ficar embaraçado tentando resolver problemas do que você mesmo causou (Gl 6.7).

- Se negligenciar o tempo, o tempo te denunciará. É a vida mal administrada. E assim como o dinheiro, o tempo também não leva desafora para casa. Ele revelará para as pessoas como você viveu e usufruiu dos anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos (Pv 21.17). Valorize-o e ele será um aliado seu a ponto de não deixar que sua vida se perca na história mesmo no além.

Em resumo, tema a Deus e ande em seus caminhos (Pv 12.13), porque o temor desencadeia inteligência espiritual, elevando o ser humano a maturidade psíquica, por causa da resolução e resgate que a imagem de Deus provoca no indivíduo.

Inútil é viver somente com a inteligência terrena e não com as revelações divinas. Porque nossos míseros anos nesta dimensão estão em contraste com a infinita eternidade na presença d’Aquele que nos predestinou à isso (Jo 14.3). Viva em Deus e serás sábio.

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