terça-feira, 26 de julho de 2011

MARANATA

MARANATA

Maranata é a expressão aramaica encontrada em 1 Coríntios 16.22 que significa “vem, Senhor” ou “o Senhor Vem”.
Alguns estudiosos acreditam que essa palavra era usada como senha cristã, o que indicaria o centro da esperança dos que precisavam esconder-se porque amavam a Cristo. Teriam feito da mensagem da volta do Senhor a chave para entrarem nas reuniões secretas, exatamente como a fé é a chave para a entrada no Reino de Deus.
Essa expressão é usada em Apocalipse 22.20: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém; vem, Senhor Jesus”. Mas aqui há uma anfibologia, porque o verbo “vir” no original grego não tem pontuação antes ou depois, o que dá um sentido ambíguo, podendo identificar um pedido (como em Mateus 6.10 – “venha o teu Reino&rdquo ou uma afirmação. As expressões em português como acima encontram-se muito parecidas nas versões Edição Contemporânea, Corrigida e Revisada Fiel, e Revista e Corrigida da Tradução de João Ferreira de Almeida, e com semelhança na primeira expressão, e igualdade na segunda nas versões Linguagem de Hoje e Almeida Século 21. A tradução Nova Versão Internacional e a do Novo Testamento Judaico diferenciam muito pouco, mas apresentam assim a expressão: “Sim, venho em breve. Amém. Vem, Senhor Jesus”. A primeira e a Nova Tradução na Linguagem de Hoje apresentam “Certamente venho logo”
Como alguns estudiosos associam esses textos anteriores com o de Filipenses 4.5 que diz “Perto está o Senhor” acredito que a expressão Maranata possa indicar mais uma afirmação do que um pedido, como já disse antes, ainda mais se associarmos também a possibilidade de ser uma senha de antigos cristãos.
Sendo assim, não posso afirmar porque não sou erudito, mas posso crer que esta mensagem é uma ideia afirmativa como todo o Novo Testamento apresenta: Jesus como Deus, Senhor, e Rei, que morreu, mas ressuscitou, e voltará “da mesma forma como o viram subir” (Atos 1.11).
Para mim Maranata não é apenas um desejo, mas também uma mensagem irrefutável. Por isso não aceito a interpretação bíblica alegórica ao extremo, que transforma o conteúdo da mensagem em uma interpretação ao gosto do leitor, que chega ao ponto de dizer que a volta literal de Cristo é um “horizonte utópico”.
Pela graça de Cristo não tememos a sua volta. Antes a desejamos, e a anunciamos.

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